domingo, 11 de novembro de 2018

Evangelização Espirita Infantil na luz do AMOR. : Educar para crescer

Evangelização Espirita Infantil na luz do AMOR. : Educar para crescer: Matéria do Correio Fraterno  Por Eliana Haddad Fim de férias, mais um ano letivo se inicia. A diretora da área de evangelização i...

Educar para crescer


Matéria do Correio Fraterno 

Por Eliana Haddad

Fim de férias, mais um ano letivo se inicia. A diretora da área de evangelização infantil do Centro Espírita União, em São Paulo, Roseli Galves Marques de Oliveira, aborda nessa entrevista a importância da espiritualidade para a formação integral do ser. Psicóloga com especialização em psicopedagogia, Roseli atuou por quase 30 anos nesse setor, na AACD-Associação de Assistência à Criança Deficiente.
Como lidar com a questão da criança com dificuldade de aprendizado na casa espírita?

Hoje nos deparamos com um grande número de crianças com distúrbio de aprendizagem, o que precisa ser muito bem estudado, necessitando de uma avaliação diagnóstica detalhada e multidisciplinar. Devemos trabalhar com a formação moral, levar a criança a identificar os valores cristãos. A mensagem de Jesus deve chegar a ela de uma forma simples, seja qual for a dificuldade que apresente. Deve tocar seu coração, fazendo-a sentir a mensagem à luz do espiritismo, com a explicação da imortalidade da alma e da reencarnação. Os mesmos distúrbios que aparecem na sala de aula de uma educação formal vão aparecer na sala de evangelização infantil. Por isso, o educador deve ter um respaldo, buscar um conhecimento sobre o desenvolvimento infantil. Ideal seria que o coordenador dessa área tivesse formação tanto na área de psicologia como de pedagogia infantil. Cada criança se desenvolve de acordo com as características da sua faixa etária, sendo necessários conteúdos específicos para a compreensão naquela idade, como também forma adequada para apresentá-los. Pedagogia é desenvolver estratégias que possam facilitar essa compreensão.

Qual a principal característica para aqueles que desejam trabalhar na área de educação junto às crianças na casa espírita?

É preciso ter vontade de aprender antes de ensinar. É imprescindível conhecer muito bem as obras básicas do espiritismo, estudar realmente Kardec. É preciso também dar liberdade à criança. Pestalozzi já dizia que deveríamos ter na educação a mão, o coração e a cabeça, para aprender/ transmitir informações. A mão significa a ação, o trabalho, o estar envolvido com a tarefa, não ficar só escutando; a cabeça, usando o raciocínio, ativando o aprendizado pela lógica; e o coração, aliado ao amor. É o conhecimento ligado ao sentimento, à amizade, à solidariedade, ao respeito, ao perdão. Todos esses sentimentos positivos, esses valores humanos têm que ser muito trabalhados.
Como entreter a criança acostumada à tecnologia, à rapidez das informações?

Nosso objetivo deve ser o de despertar o ser moral, no âmbito da espiritualidade da criança. A tecnologia pode auxiliar, é um recurso, mas devemos lembrar que Jesus, há dois mil anos, não tinha recurso tecnológico algum. No entanto, sua mensagem foi transmitida e assimilada por todos os seus apóstolos. Eles não só compreenderam a mensagem de forma significativa, como se apropriaram desse conhecimento e continuaram formando novos seguidores. E eles também tinham suas dificuldades...
Você acredita que as crianças de hoje tenham as mesmas dificuldades do passado?

Isso envolve a questão da maturidade espiritual em qualquer tempo. Quando a criança já é um espírito mais maduro, consciente das leis divinas, um espírito que já passou por um processo de aprendizado com muitas experiências, ela reencarna com maior facilidade para assimilar as verdades morais. No momento em que ela se depara com uma vivência que necessite dessa informação, ela florescerá naturalmente.
Falando em atualidade, qual o maior desafio para as crianças hoje?

O nível de ansiedade está muito grande, o que dificulta e muito a atenção. Elas não têm tempo de espera. A capacidade de lidar com a frustração também é muito pequena. Informação demais estressa a criança. É um excesso de videogame, de TV, de atividades extracurriculares. A criança não tem tempo para ela ser criança.
O que fazer com as crianças que não querem ir à casa espírita?

Os pais devem zelar pelo desenvolvimento integral da criança. Todos os cuidados com o corpo físico, o socorro nas enfermidades, a disciplina nas rotinas diárias: como sono, educação, higiene, devem também estar presentes em relação ao bem-estar moral, espiritual de seus filhos. Quando chega à idade certa de ir à escola, ela pode não querer ir, mas os pais não insistem, porque sabem que é necessário? O cuidado integral do ser envolve ainda a parte psíquica, alcançando-se maior equilíbrio com um lar harmonioso, sem conflitos, sem brigas, sem o uso das crianças em jogos emocionais, de disputa entre o casal, por exemplo. E há o âmbito da espiritualidade também. Os pais são responsáveis por encaminhar os filhos, ensiná-los, por exemplo, o valor da prece, a importância da fé.

Mas muitos pais tentam fazer isso e se sentem frustrados, com os filhos se negando a participar.

A responsabilidade dos pais termina na condição de não se criar um conflito maior, quando a criança se nega a ir à casa espírita. Porque também é necessário se dar o exemplo da paz, do respeito em família. A autoridade também deve ser usada com bom senso. E isso é o que mais precisamos desenvolver. O segredo está sempre no equilíbrio. Quando usamos da radicalidade, do autoritarismo em qualquer setor da vida e principalmente na educação, a resposta é sempre contrária a qualquer espécie de controle ou disciplina. A criança, se sentindo acuada, vai reagir no que chamamos de contra controle, fazendo exatamente o que você não deseja.

Como a casa espírita pode auxiliar nesse conflito? As aulas de evangelização não estão ficando para trás, diante de uma demanda externa de atrativos tão diferente?

O objetivo maior da doutrina espírita é a transformação moral. O espiritismo é obra de educação. A evangelização infantil não pode ser apenas entretenimento. Há de se ter um objetivo maior. É claro que é muito bom quando a casa dispõe de uma opção para esse público, para que os pais assistam tranquilamente a uma palestra que uma criança de cinco anos não iria entender e nem ter o menor interesse. Um grupo infantil na evangelização vai aprender de uma forma condizente a sua faixa etária. Esse plano de trabalho deve ser muito bem elaborado.

Mas esse plano é diferente em cada casa espírita...

Sim. Hoje existe um grande número de apostilas, que ajudam os evangelizadores nesse planejamento de aula. O recurso visual é muito utilizado, ajuda inclusive nos distúrbios da aprendizagem, auditivo, etc... Mas é preciso lembrar sempre que esses recursos são instrumentos. Informações sensoriais auxiliam na sedimentação do conhecimento, da informação que se queira passar para que ela se torne de fato significativa para a criança.

Que respostas você tem percebido da criança em relação a esse trabalho?

Há crianças que trazem realmente um retorno muito positivo. Tivemos crianças que começaram conosco no trabalho de evangelização com cinco anos de idade e continuam até hoje na Casa. Outros seguiram outros rumos, mas o conteúdo que foi transmitido está ali. Recentemente tivemos a oportunidade de ouvir o depoimento de um desses jovens, que inclusive está fora do país. O pai completou 60 anos e ele deu um depoimento em vídeo no dia do seu aniversário. Foi lindíssimo, porque vimos que tudo aquilo que foi trabalhado, quando conversávamos sobre as leis morais, permanece bem vivo no seu coração. E lembro que era uma turma onde havia muito diálogo.
Você acredita que aí esteja o segredo para conquistar esse público?

Talvez essa evasão das crianças e dos jovens em relação às aulas seja porque não se está contextualizando, trazendo os princípios doutrinários para as situações do cotidiano, num debate, numa troca de ideias. Também há uma literatura infantil espírita fabulosa, filmes abordando, por exemplo, a reencarnação. O tema espiritualidade está aí ocupando espaços na mídia. Precisamos aproveitar!



Como explicar para as crianças que o cuidado com os valores morais é tão importante?

É preciso deixar muito claro, primeiro, que não somos perfeitos, mas que estamos a caminho. E esse caminho pode ser mais longo ou mais curto dependendo de nós. A criança não é perfeita e deve entender que seus pais também não o são. Todos temos nossas dificuldades, nossos conflitos. É preciso buscar a resposta de acordo com o que a criança realmente necessita. É preciso abstrair e a criança trabalha muito no concreto. E a espiritualidade é um assunto abstrato.
Outro desafio nas casas espíritas é o conflito gerado entre o dirigente do centro e os evangelizadores, exercendo ali certa censura a novas ideias... O que fazer quando isso ocorre?

Acredito muito no diálogo. É a ferramenta que temos para levar o nosso argumento de acordo com nossas expectativas. É preciso haver integração entre todos os trabalhos. Evitar trabalhos isolados, porque os trabalhadores de uma casa espírita, seja qual for a atividade, devem estar integrados inclusive para sustentar a vibração do ambiente.
E quanto à mediunidade, como proceder?

As crianças muitas vezes podem ver espíritos. Até os sete anos de idade, estão muito ligadas e abertas ao plano espiritual. Isso deve ser trabalhado com muito cuidado. Também na questão dos jovens, é preciso lembrar da inconveniência de encaminhá-los para os trabalhos mediúnicos, porque ainda estão sob efeito de toda uma formação, inclusive física – hormonal, orgânica. Ainda estão se encontrando como seres adultos. O trabalho mediúnico também exige muita disciplina. Eles estão, nesse momento da vida, mais preocupados com outros interesses.
O que fazer quando apresentar esses problemas?

Integrar-se em outras atividades da casa, assistindo a palestras e realizando algum trabalho que não seja sessão mediúnica. Deixar isso para mais tarde. Poderá cuidar da livraria, ajudar na biblioteca. Trabalhar com a mediunidade ficará um pouco mais para frente, quando houver a certeza de que seja necessário.


O pensamento de Pestalozzi

Na concepção de Pestalozzi, a criança é um ser puro, bom em sua essência e possuidor de uma natureza divina que irá se desenvolver em vários estágios, que devem ser cultivados para florescer em sua plenitude a seu tempo. O aprendizado será assim conduzido em grande parte pelo próprio aluno, com base na experimentação prática e na vivência intelectual, sensorial e emocional do conhecimento. O que importa não é tanto o conteúdo, mas o desenvolvimento das habilidades e dos valores.
Para ele:

 A intuição é fundamento da instrução.
 A linguagem deve estar ligada à intuição.
 A época de ensinar não é a de julgar e criticar.
 O ensino deve começar pelos elementos mais simples, e continuar de acordo com o desenvolvimento da criança.
 É preciso aliar a ação ao saber.
 As relações entre mestre e aluno devem ser fundadas no amor e por ele governadas.
 A individualidade do aluno deve ser sagrada para o educador






Publicado no jornal Correio Fraterno - Edição 473 janeiro/fevereiro 2017





domingo, 2 de setembro de 2018

A importância do plano de aula

A Importância do Plano de Aula na Evangelização Infantil
Planejamento:   
No planejamento de aula, o evangelizador especifica e organiza os procedimentos para concretização da sua aula.
Ao planejar, o evangelizador prevê os objetivos imediatos a serem alcançados (conhecimentos, habilidades, atitudes) e especifica os itens e subitens do conteúdo que serão trabalhados durante a aula. É possível também se definir os procedimentos (maneira de realizar alguma atividade) e organizar as atividades de aprendizagem dos evangelizandos, de acordo com a faixa etária, grau de interesse da turma, assuntos, tempo disponível e objetivos propostos, levando em conta os princípios morais que norteiam este trabalho.
Portanto, o planejamento da aula é a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido e a sistematização de todas as atividades que se desenvolve no período de tempo em que o evangelizador e evangelizando interagem numa dinâmica de ensino-aprendizagem.
Ao planejarmos, organizamos antecipadamente a ação evangelizadora, norteando a atuação do evangelizador-evangelizando; controlamos a improvisação; evitamos a repetição rotineira e garantimos a distribuição adequada do trabalho em relação ao tempo disponível.
A partir do momento que nos damos conta que planejar é preciso, partimos para a questão: “que tipo de metodologia utilizar?”
Metodologia
É importante estudar o conteúdo, selecionar o essencial e transformar esse conteúdo em atividades assimiláveis, procurando sempre não dar conceitos prontos, mas buscar o caminho do interesse e da descoberta. Atividades sensibilizadoras, métodos ativos, que levem a criança a uma participação intensa, vivências e atividades artísticas.
Procure partir do interesse imediato do evangelizando ou desperte esse interesse. A criança é curiosa e está aberta às novidades.
Ao despertar o interesse, lance questionamentos e desafios ao intelecto do evangelizando ou dilemas morais a serem resolvidos. Podem ser perguntas sobre o assunto de forma tal que leve o evangelizando a buscar a solução ao problema apresentado.
Permita as colocações dos evangelizandos, o debate e o diálogo onde todos possam expressar suas opiniões e iniciar a construção coletiva e, ao mesmo tempo, individual, não só do conhecimento em estudo, mas a construção do ser, em seu aspecto intelectual e afetivo.
Assim, lançado o desafio ou o problema e abrindo-se ao diálogo, levamos o evangelizando a buscar a solução na Doutrina Espírita, tendo em mente que ele somente poderá avança a partir das estruturas mentais que já possui dentro de si mesmo. Avançar demais não adianta, assim como desafios além das possibilidades do evangelizando tem efeito negativo – tudo deve ser gradual e progressivo.
É importante iniciar a construção do conhecimento com base na Doutrina Espírita, partindo da realidade da criança. Procure não oferecer tudo pronto, mas que esse momento seja de descoberta, onde inteligência, sentimento e vontade interagem de maneira dinâmica, para a construção do ser em seu aspecto integral.
O evangelizador deve estudar o conteúdo e transformá-lo em atividades assimiláveis pelas crianças e não oferecer o conteúdo pronto. O conteúdo da Doutrina deve ser analisado em seus três aspectos inseparáveis: científico, filosófico e religioso. As atividades deverão ser vivenciadas e não apresentadas como aulas teóricas. O evangelizando não aprende ouvindo aulas teóricas, mas vivenciando atividades dinâmicas. A construção do ser depende da vivência integral: sentidos, intelecto e sentimento.
A arte não é apenas forma de expressão, mas atividade criadora, ampliando a capacidade vibratória do ser, sensibilizando e diferenciando a vontade para os canais superiores da vida. O teatro, a música, a dança, as artes plásticas em sua diversidade e a literatura em toda sua amplitude, propiciam atividades criadoras onde a cooperação é uma constante. A arte abre canais que o intelecto, por si só, desconhece, pois age no campo emocional e vibratório do ser. É agente de transformação e construção do ser.
Ninguém assimila conteúdos tão complexos em apenas uma aula teórica, nem se transforma interiormente tão radicalmente, mas num processo educativo bem elaborado e integrado com nossa vida prática. O evangelizador é um pólo de energia emuladora, a irradiar de si mesmo e, ao mesmo tempo, atraindo e estimulando o evangelizando.
De forma gradual e progressiva, o evangelizando vai assimilar o conteúdo, construindo as estruturas mentais correspondentes dentro da sua capacidade de assimilação, tanto no aspecto intelectual, como no aspecto afetivo. Gradualmente, mas num processo contínuo, o evangelizando passa a pensar, sentir e viver dentro dos princípios que a Doutrina nos apresenta, por serem princípios de caráter universal.
O livro “Pelos Caminhos da Evangelização”, de Cecília Rocha, elucida que o ensino da Doutrina Espírita deve ser organizado mediante experiências de aprendizado, cujas características reproduzimos abaixo:
- Dinâmicas Desafiadoras: que despertando o interesse e a curiosidade do evangelizando proporcionem sua participação ativa, levando-o à aplicação de soluções evangélico-doutrinárias para resolver os problemas cotidianos.
- Significativas: que possam ser compreendidas e assimiladas pelo evangelizando, conforme objetivos preestabelecidos, de acordo com o seu nível de interesse.
- Individuais: que estejam ao nível de cada evangelizando, em particular, permitindo o atendimento às diferenças individuais, pois embora o desenvolvimento se processe por leis universais, condicionam-se às circunstâncias cármicas particulares.
- Grupais: que proporcionem ao evangelizando atividades com outros evangelizandos, facilitando o processo de convivência fraterna nos padrões de solidariedade e de tolerância, aproveitando-se o ensejo para estabelecimento de laços afetivos e formação de grupos espontâneos – característica do processo de socialização da criatura na infância e na adolescência.
Etapas do Plano de Aula
O plano de aula deve conter:
- Objetivo
O objetivo fornece uma orientação concreta para o desenvolvimento do tema. É a descrição clara do que pretendemos atingir dentro do assunto. Determinamos o que os evangelizandos devem aprender, concluir e sentir durante e após a aula. É importante que o objetivo seja compatível com o desenvolvimento físico e psicológico do evangelizando.
- Referências Bibliográficas
Citar todas as referências bibliográficas usadas como subsídios para a elaboração e o desenvolvimento da aula.
- Incentivação
É utilizada para intensificar nos evangelizandos a motivação interior necessária à ação de aprender. É o conjunto de recursos e procedimentos envolventes, que vão motivar a criança.
- Desenvolvimento
Desenvolvimento do tema visando os objetivos propostos. Deve-se sempre variar a apresentação das aulas, variando o material didático: fantoches, cartazes, dramatização, etc.
- Atividades
As atividades devem ser a síntese do tema escolhido. São indispensáveis ao processo de aprendizagem. Servem como fixação e compreensão do conteúdo, além de estimular o desejo de aprender. Ao mesmo tempo em que o evangelizando atua trabalhando, o evangelizador faz a avaliação de sua aula.
O evangelizador não deve avaliar se o objetivo de sua aula foi alcançado pelas atitudes imediatas dos evangelizandos. Deve sempre ter em mente que está plantando a semente e que seus frutos deverão vir com o tempo. 



quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Os nosso Filhos...


Extratos da palestra da Dra. Filó, pediatra em BH.  20/4/2018
"Rio só existe porque tem margem.
A criança só será um adulto completo se tiver limites.
Criança tem que ser monitorada.
Mãe tem que ser chata.
Filho só pode ver aquilo que é próprio para a idade dele.
Filho não pode ver aquilo que está além da sua capacidade de compreensão.
Tome a frente das regras da sua casa.
Criança não dorme com celular no quarto. Recolha. Vigie.
Criança tem que dormir com tranquilidade.
Quarto não tem que ter televisão. Quarto é para dormir.
Não compare a casa do outro com a sua.
Na sua casa você tem que cuidar da integridade mental dos seus filhos.
Criança não fica trancada no quarto jogando.
Filho tem que 'socializar', tem que ver, estar com pessoas. Corpo a corpo. Olho no olho. 

Criança que é rejeitada por outros tem uma tendência a buscar redes sociais. Cuidado. Isso pode causar dependência.
Precisamos ter a coragem de olhar para a vida dos nossos filhos.
As coisas acontecem debaixo dos nossos olhos.
Criança é esperta, mas temos que ser mais ainda. Pai e mãe têm que estar perto.
Criança não tem que ter senha.
Essa tal de privacidade é só quando eles saem de casa, só quando pagam as próprias contas.
O celular do filho não pode ser igual ao do pai.
Tem que haver hierarquia.
Cada mãe conhece o filho que tem. Mãe, no fundo, sabe o que está acontecendo com o filho. Não ignore suas sensações como mãe.
Elas são verdadeiras.
A mãe não erra o diagnóstico. Confie nos seus sentimentos de mãe.
A missão como pais é muito maior do que podemos imaginar.
E não é uma missão fácil.
Mais do que dar coisas, se dêem a seus filhos.
Questione seus filhos. Pergunte! Vigie! Investigue!
Existem muitos e muitos distúrbios psiquiátricos na infância.
O segredo da prevenção é família e amor.
Criança tem que ser amada.
Filho vai tentar se impor. Mas 'combinados' e regras devem existir.
Tem que haver respeito.
Tem que haver hierarquia.
Filho tem que desejar!
Tem que querer ganhar alguma coisa!
Tem que esperar ansiosamente pelo presente.
As coisas não são descartáveis.
Coloque na vida do seu filho que somos criadores, que vamos criá-los e que temos sonhos para eles.
Que a vida tem que ter sentido, além do dinheiro, do poder e de todas as possibilidades.
Que a vida os desafiará, mas a vida não encerra.
Cuidado!
O que os filhos trazem para o mundo é o que plantamos neles.
Estimule-os a serem verdadeiros. A verdade abre caminhos.
Converse. Incansavelmente.
Temos que nutrir a confiança.
Olhe para os seus filhos e entenda o que eles precisam.



 




sexta-feira, 6 de julho de 2018

Bom exemplo é a melhor forma de educar


EM PALESTRA, FILÓSOFO MARIO SERGIO CORTELLA FALA SOBRE COMO CONSTRUIR UMA CONVIVÊNCIA MAIS ÉTICA DENTRO E FORA DAS ESCOLAS.


Para uma criança viver bem, entre outras coisas, ela precisa de limites. Isso tem tudo a ver com os valores que os pais transmitem na criação. A conduta dos filhos depende dos exemplos que elas recebem dos adultos. Principalmente para os menores, é ineficaz explicar conceitos teóricos, como ética, mas é fundamental praticar valores como convivência, respeito ao próximo, capacidade de partilhar e de falar a verdade.  
Esse foi o tema da palestra do filósofo e educador Mario Sergio Cortella, “Como construir uma convivência mais ética no nosso dia a dia? Reflexões urgentes para pais, docentes e educadores”, baseada em seu novo livro, “Educação, Convivência e Ética”, da Cortez Editora. O evento aconteceu ontem, 16/04, no Colégio Visconde de Porto Seguro, no Morumbi.
Mesmo que não haja uma clareza tão grande sobre o que é certo e o que é errado, crianças observam e são influenciadas pelas posturas de pais e educadores. Em entrevista concedida a Pais&Filhos, Cortella explica que ética não é uma questão de estabelecer um código sobre o que é adequado e o que não é, mas uma reflexão a respeito do porquê você faz aquilo que faz. Ou seja, é necessário pensar se o que fazemos é bom para nós e para outros ou se é bom para nós e prejudica os outros. “É preciso formar pessoas na vida que entendam que ser decente não traz todas as vantagens que quem não é decente obtém imediatamente, mas que traz muitas outras que persistem no tempo, e que o indecente não conquista”, acrescenta o filósofo.
Para Cortella, os pais desta geração não estão passando para as crianças a noção do esforço e isso é prejudicial para a formação dos filhos: “se uma criança não foi formada aprendendo a valorizar a ideia de esforço, ela vai achar que as coisas acontecem como mágica, que não é preciso correr atrás de nada”.




A importância do bom exemplo

Você provavelmente já ouviu ou até falou a seguinte frase: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Porém, quando se trata de educação, na prática isso não funciona. Não adianta um pai dizer ao filho que ele não deve mentir, porque mentir é feio, e quando o telefone tocar em casa, pedir para dizer que ele não está. A criança pode ouvir que é muito ruim o desperdício, mas se ela vê os pais desperdiçando comida, ou deixando o chuveiro ligado durante muito tempo, ela aprende o contrário pela assimilação do exemplo.
Cortella explica que uma criança pequena não tem ideia do que é justo ou injusto, mas ela imita os modos de conduta dos pais. E, sobre a importância da boa educação, acrescenta: “O mundo que vamos deixar para nossos filhos depende muito dos filhos que vamos deixar para esse mundo”.

Papel da escola
É essencial a parceria da família com a escola, pois a primeira é apoiada pela segunda na educação dos filhos. Muita gente confunde educação com escolarização, mas a escolarização é apenas um pedaço da educação. Por isso, não há uma parte da formação que seja exclusiva dos pais sem o apoio da escola, assim como não há uma obrigação que seja somente da escola.
Cabe a escolas inteligentes formar parcerias com as famílias, e cabe às famílias procurar essa parceria nas escolas. Embora sejam instituições diferentes, a criança é a mesma. Por isso, o importante não é dividir a educação entre elas, mas sim repartir. Os professores também introduzem valores éticos na escola, por meio de exemplos e incentivos, como mostrar que não se deve pegar o que não lhe pertence, ou de não admitir que uma criança pratique o sofrimento de outra.




quinta-feira, 5 de julho de 2018

JOGO DA TRILHA – PORTA ESTREITA E A PORTA LARGA


Tema: Livre-Arbítrio

INSTRUÇÕES AO EVANGELIZADOR:

NÃO DIGA AO EVANGELIZANDO QUE O OBJETIVO DA TRILHA É ACUMULAR PONTOS. TAMBÉM NÃO DIGA QUANTOS PONTOS (ESTÃO EM VERMELHO) VALEM CADA OPÇÃO. A CADA ESCOLHA, ANOTE DISCRETAMENTE EM UM PAPEL A PONTUAÇÃO QUE ELE FEZ.
QUANDO UM EVANGELIZANDO COMPLETAR A PISTA, CONTINUE O JOGO COM QUEM AINDA NÃO TERMINOU A PISTA.
CASO ALGUM EVANGELIZANDO TERMINE A PISTA MAS NÃO FAÇA A QUANTIDADE NECESSÁRIA DE PONTOS, CONVIDE-O A REFAZER A TRAJETÓRIA, DESSA VEZ FAZENDO ESCOLHAS MAIS ACERTADSA. PEÇAA QUEM CONSEGUIU PARA AJUDÁ-LO.

TRILHA DO ESPÍRITA
1-       Estão preparados para a grande caminhada? Você terá que fazer escolhas todo o tempo. A sugestão é: Pense antes de agir, ok?
2-       Sem escolhas ou situações;
3-       Para animar esta caminhada, que tal uma música da evangelização. Se cumprida a tarefa, avance 2 casas, se não, volte para a casa 2 (você está muito desanimado); Opção 1: 5 ponto
4-       Sem escolhas ou situações;
5-       Sem escolhas ou situações;
6-       Aqui a escolha é sua: Ir pelo caminho longo ou pelo caminho curto. Se optar pelo caminho longo, fique parado uma rodada
Porta Estreita:
7-       ESCOLA
8-       Opa! Uma pessoa idosa precisa atravessar a rua. Como ela anda devagar, pra ajudar, você fica parado uma rodada. Se decidir não ajudar, ande 1 casaOpção 1: 2 pontos
9-       Sem escolhas ou situações;
10-    Sem escolhas ou situações;
11-   . Você passou diante de alguém que está muito triste, precisando de consolo. Se quiser ajudar, volte duas casas para consolar. Se não, avance uma casaOpção 1: 2 pontos
12-    Sem escolhas ou situações;
13-   HOSPITAL
14-    Uma criança perdida? Opa! É preciso ajuda-la a encontrar seus pais. Se decidir ajudar, vá para a ESCOLA, seus pais estão lá. Se não, avance uma casaOpção 1: 4 pontos
15-    Sem escolhas ou situações;
16-    Veja, uma pessoa ferida! Você pode ajuda-la voltando ao Hospital, ou continue avançando uma casa, pois certamente outra pessoa vai ajudarOpção 1: 2 pontos
17-    Sem escolhas ou situações;
18-    Hoje é dia da evangelização. Logo hoje tenho uma festa para ir. Fique uma parada sem jogar para ir para a evangelização ou avance duas casas para ir para a festa.Opção 1: 2 pontos
19-   Que frio! Volte ao HOSPITAL para fazer umas doações ou corra para a próxima casa para aquecerOpção 1: 3 pontos
20-    Sem escolhas ou situações;
21-    Puxa! Esta longa esta caminhada! Você merece um descanso para restabelecer as forças. Fique parado por uma rodada;
22-   MADEIREIRA
23-    Olha quem está aqui! Aquele seu irmão que briga com você o tempo todo. Ele veio até aqui só para te irritar. O que você vai fazer é escolha sua: briga (volte 3 casas), cala-se e o ignora (fique no lugar) ou lhe dá um forte abraço (avance 2 casas); Opção 2: 2 pontos. Opção 3: 5 pontos
24-    Sem escolhas ou situações;
25-    Sem escolhas ou situações;
26-    Ai, ai! Era só o que faltava, a ponte quebrada! Bom, ainda bem que eu sei nadar. Mas e se alguém que precisar passar por aqui não souber. O que eu faço, volto até a MADEIREIRA e compro peças de madeira para improvisar uma passagem ou enfrento a correnteza? Opção 1 (Madereira): 3 pontos
27-    Sem escolhas ou situações;
28-    Para avançar mais rápido na evolução é necessário estudar. Você pode parar uma rodada para ler um livro espírita ou avançar duas casas e deixar para estudar depois. Opção 1 = 2 pontos
29-    Já estou vendo a chegada!!!! Vou correr mais. (Avance 2 casas);
30-    Sem escolhas ou situações;
31-    Ufa, estou a um passo do fim da caminhada! Será que fiz as escolhas mais acertadas para um espírita? (Fique parado uma rodada para refletir).
Porta Larga:
7- Oba! Festa junina na rua. Que beleza! Vou correr para ficar mais tempo na rua. (Avance 3 casas, pois está animado!);
8- Sem escolhas ou situações;
9- Que rio mais poluído. Como já está sujo mesmo, vou jogar por aqui os lixos que já acumulei. (Avance 2 casas, pois está mais leve!);
10- Sem escolhas ou situações;
11- Sem escolhas ou situações;
12- Você olha para o céu e percebe que daqui a pouco já será noite. Precisa se preparar! Ah, mas logo na frente tem uma árvore boa para ser cortada e virar cabana. Corra até lá. (avance 3 casas);
13- Sem escolhas ou situações;
14- Parece que encontrou um amigo, quer dizer, um colega! Ele não precisa saber que você ainda tem comida, né? Passe rapidinho na frente dele, cumprimente-o e siga adiante (avance 2 casas);
15- Sem escolhas ou situações;
16- Sem escolhas ou situações;
17- Oh! Estou quase chegando e nem cansei tanto. Por isso vou correr um pouco para acabar logo! (Avance até a chegada);
18- Sem escolhas ou situações;

MÍNIMO DE PONTOS NECESSÁRIOS PARA VENCER: 15 PONTOS

Esse jogo é muito bom! As crianças amam.

Ele é baseado na passagem:

"Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." - Jesus (Mateus 7:13 e 14)

É uma trilha, onde a criança ou o jovem serão levados a fazerem escolhas que levarão a uma pontuação, pois o importante, neste jogo não é terminar a trilha primeiro, mas acumular um número mínimo de pontuação.

Vou dar um exemplo:
Na casa número 14 do caminho maior está escrito o seguinte: "Uma criança perdida? Opa! É preciso ajudá-la a encontrar seus pais. Se decidir ajudar, vá para a ESCOLA (que fica na casa 7), seus pais estão lá. Se não, avance uma casa." Se a criança decidir voltar à escola, então faz um número de pontos. Se não, avança a casa mas não pontua. Existe a opção de um caminho mais curto, mas nele não há distribuição de pontos. Para fazer o mínimo de pontos, não tem jeito: Tem que entrar pela porta estreita, ou seja, o caminho maior.

Entendeu? Vai parecer desvantagem o caminho mais longo ou as boas escolhas, mas somente eles fazem pontuação. E quem não faz o mínimo de ponto tem que começar de novo para acumular os pontos necessários. Sendo assim, quem acabou primeiro, sem pontuar, perdeu foi tempo, ao invés de ganhá-lo


http://evangelizacao-infantil.blogspot.com/2012/10/jogo-da-trilha-porta-estreita-e-porta.html 




quarta-feira, 20 de junho de 2018

Jogo da Memoria

O JOGO DA MEMORIA e um ótimo recurso para a fixação de conteúdo, encontrei esse neste endereço https://sublimesementeira.wordpress.com/2016/04/02/chico-xavier-jogo-da-memoria/   e resolvi repassar.






Amigos Sementeiros,

Em comemoração ao aniversário de nosso querido amigo Chico, que tal um jogo da memória com as crianças?
Compartilhamos com vocês uma sugestão simples para a confecção do material. A base do cartão é colorida e tem o tamanho de um papel A4. Sugerimos uma base de papel mais espesso, para que os cartões fiquem mais firmes. É possível recortar folhas de sulfitão, colorset, cartolinas, papelão ou qualquer outro papel de maior gramatura, obtendo as folhas no tamanho de um A4:




As figuras são impressas em papel A4 também, mas com margens de cerca de 3 centímetros, que serão recortadas e removidas depois (as figuras das fotos já estão com as margens removidas):




Para download das figuras, clique Jogo da Memória – Chico Xavier. (imprimir duas vezes cada figura).https://sublimesementeira.files.wordpress.com/2016/04/jogo-da-memc3b3ria-chico-xavier.pdf  


Por fim, colamos as figuras (já sem as bordas) nas bases dos cartões:


Caso seja possível, é bom plastificar o cartão utilizando papel adesivo transparente para a conservação do papel e para maior durabilidade do material didático produzido.
Como sugestão para o desenvolvimento da atividade: dividir os alunos em 2 grupos e, a cada acerto no jogo da memória, fazer questionamento sobre o assunto referente à imagem e desenvolver a biografia do Chico na sequência. Por exemplo, a figura do mapa do Brasil com o estado de Minas Gerais em destaque, pode ser utilizada com o seguinte questionamento: Alguém sabe em que cidade nasceu Chico Xavier? E então, após as respostas, desenvolver o tema, comentando sobre o estado de Minas Gerais, a cidade de Pedro Leopoldo, etc. Já sobre a figura dos livros, podemos perguntar qual foi o primeiro livro psicografado por Chico Xavier (Parnaso de Além-túmulo), e após as respostas desenvolver a questão, comentando quantos livros Chico psicografou e citar alguns autores. Ao final da brincadeira, podemos por exemplo sortear um livro entre os evangelizandos do grupo que encontrou mais pares de cartões.
Com carinho,
Equipe Sementeira.