quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Trabalhando com Jesus/Brincando com Jesus - Aula 19



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Conte a história espírita infantil do livro Vovó sabe tudo:







“Vovó Esmeralda tricotava, enquanto, por cima dos óculos, cuidava de seus netinhos que
brincavam na redondeza.
Depois de certo tempo, cansados de brincar cada um por si, os meninos vieram assentar perto
de Paula, que lia poesias.
Conversa vai, conversa vem, Paula contou que a poesia que acabara de ler dizia que nascer
e morrer são acontecimentos naturais da vida.
Este assunto deixou Luizinho arrepiado que até pedira:
- Não fale em morte! Eu tenho medo.
- Mas o que é a morte? Perguntou Roberto com ares de intelectual.
- Não sei explicar. Disse Paula.
- Nem eu. Completou Luizinho.
- Acho melhor a gente perguntar à vovó...
- Vamos, a vovó sabe tudo! Concordaram todos.
Um após o outro, seguiram até o banco onde vovó os observava.
Tão logo chegaram, vovó Esmeralda perguntou com a sabedoria de quem já viveu muito:
- O que houve crianças? O que está perturbando vocês?
- Estou com medo, vovó! Respondeu Luizinho.
- Medo de que? Perguntou vovó Esmeralda.
Antes que Luizinho respondesse, Paula explicou:
- Estou lendo uma poesia que diz que nascer e morrer são fatos naturais da vida, aí Luizinho ficou com medo e o Roberto quis saber o que é morte, mas nós não soubemos explicar.
- Então viemos lhe perguntar. Completou Roberto.
Aparentando indiferença às preocupações das crianças, vovó Esmeralda olhou em volta como se procurasse alguma coisa no jardim.
Continuou em silêncio até que seus olhos brilharam quando encontrou o que procurava.
- Meus queridinhos, olhem que beleza aquela flor! Vejam, continuou a vovó, aquela borboleta como é linda. Observem como a vida está presente por todos os lados. Olhem...
- Vovó, acho que a senhora não entendeu a nossa pergunta. Atalhou Paula, interrompendo a fala da vovó.
- Nós queremos saber é o que é a morte.
Vovó Esmeralda com a paciência e serenidade de que lhe eram peculiares, respondeu carinhosamente:
- Meus queridos, não há motivos para vocês se preocuparem tanto assim com esse assunto.
Deus, que é Pai bondoso, não permitiria que nos acontecesse coisa ruim. A morte é uma passagem desta vida física para a vida espiritual.
- Como assim vovó? Quis saber Luizinho que não entendeu bem esta coisa de físicoespiritual.
- Mas vovó, é verdade que todos... que todos nós vamos morrer? Perguntou Roberto preocupado.
- Sim, isto é verdade, respondeu vovó Esmeralda. Mas só o corpo morre, e ele é uma sala de aula para o espírito.
- Como assim?
- Vejamos a borboleta. Ela passa por vários corpos durante a sua vida para dar o seu vôo majestoso.
- Vocês conhecem as transformações da borboleta? Perguntou a bondosa Esmeralda.
- Não! Deve ser legal. Conta pra nós vovó. Conta, insistiu Luizinho.
- A borboleta - diz a vovó - nasce inicialmente de um pequeno ovo, a futura borboleta ensaia seus movimentos no desajeitado e irrequieto corpo de uma larva.
Treinada nos movimentos, ensaia os passos no corpo, agora transformado, da comilona lagarta.
É hora do sono profundo...
A lagarta, tem dentro de si a futura borboleta. Ela sabe que precisa dormir para a grande transformação. Caminha silenciosa ao local onde deve adormecer. Deixa de ser comilona. Para, se enroscar e se transformar num casulo, aparentemente sem vida. Morre para o mundo...
Vovó fez uma pequena pausa. -
E aí vovó? Ela morreu mesmo? Pergunta Paula curiosa.
- Não, querida. Sorriu e completou a vovó: É como se ela estivesse trocando de roupas.
- Passados alguns dias, depois de várias transformações, nasce do casulo inerte a borboleta de extraordinária beleza.
Trêmula, inibida, encara o mesmo mundo em que vivera antes, como se nunca o tivesse conhecido.
Ensaia os primeiros movimentos com suas lindas asas. Voa, voa. Olha de cima, o solo em que antes rastejava com seu pesado corpo de lagarta. É a beleza da vida superando a morte...
- Então morrer é isso vovó? Pergunta Roberto.
- Meus queridos, a metamorfose da borboleta serve apenas para ilustrar o que a vovó quer explicar. Conosco acontece uma transformação parecida apenas.
- Como assim vovó? Quis saber Luizinho.
- A nossa vida também continua, independente do corpo, que é como o casulo da borboleta.
Deixamos para trás ao morrermos, mas seguimos com o nosso ser espiritual, a nossa alma, o nosso ser que é imortal...
Continuamos a ser nós mesmos, com nossos pensamentos, nossa personalidade e gostos.
A vida não cessa com a morte. A morte é como se fosse uma troca de roupas, assim como a borboleta trocou de corpo.
- Entenderam? Perguntou a vovó.
- Quase tudo! Responderam todos.
Vovó Esmeralda sorriu um sorriso de quem já viveu muito, de quem é paciente e sabe que vai ter tempo para ensinar e aprender muito mais...”.








Que brinquedo legal! Primeiro você dá um pedaço de papel para eles amassarem pois a vida se inicia com o ovo, no outro pedaço de papel eles vão retorcê-lo para simbolizar o corpinho da larva e assim você já começa a contar a história, faz-se a colagem no corpo dela, nesse caso, foi com rococó e EVA, ao final amarramos no bracinho deles para poderem brincar no pátio do posto de assistência. Olha o quanto trabalhamos: coordenação motora, movimento, criatividade, imaginação, percepção, orientação espacial, sequenciação ...

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